A agência de classificação de risco Fitch acabou de rebaixar nota do Brasil de BBB- para BB+, fato que consolida a perda do grau de investimento. Para piorar o dia paira no ar a preocupação com provável saída do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Fitch rebaixa rating do Brasil
Depois da revisão da meta fiscal de 2016, mais flexível, para superávit de 0,5% do PIB, contra a vontade do ministro Levy, que queria manter em 0,7% do PIB, o rebaixamento pelas agências de rating era uma questão de tempo. Veio nesta quarta-feira, agora pela Fitch, passando de BBB- para BB+, a "grau especulativo" e com perspectiva negativa. Ou seja, o que já está ruim, ainda pode piorar.
Joaquim Levy, já demissionário, disse que perda de grau de investimento é séria e é preciso agir; agora, o importante é votar as medidas de ajuste. Para ele, "este rebaixamento remete às dificuldades do ambiente político, mas, mesmo com a incerteza atual, os fundamentos são sólidos". Disse também que superávit primário é indispensável. De certa forma, foi uma resposta ao anúncio de meta mais flexível para 2016, superávit em 0,5% do PIB podendo ser zerado, caso a arrecadação não se confirme ou outros eventos imprevisíveis ocorram. Lembremos também do outro rebaixamento a grau especulativo, pela Standard & Poor's, depois da meta de déficit fiscal de R$ 30 bilhões anunciada em setembro deste ano. Agora, é esperar novo rebaixamento pela Moody's. Com isto, as três principais agências de rating internacionais terão colocado a nota de crédito do Brasil como grau especulativo, o que deverá provocar uma considerável evasão de recursos.
Lopes Filho - 13h25
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