sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A nova dupla econômica de Dilma vai acabar de quebrar o Brasil?

Afinal de contas quem são os novos ministros do governo petista, Nelson Barbosa e Valdir Simão?
O novo ministro da fazenda tem fama de ser "desenvolvimentista" e com um olhar atento às políticas sociais, igual um outro ministro que se despediu em 2014, acho que o nome dele é Guido Mantega....
Barbosa troca o Planejamento pela Fazenda com o desafio de manter o esforço pela reorganização das contas públicas do país.

Hoje a presidenta oficializou, no começo da noite, uma troca das cadeiras nos principais ministérios da economia. Nelson Barbosa, que comandava a pasta do Planejamento, foi anunciado como novo ministro da Fazenda - ocupando o posto que sempre sonhou enquanto o titular era Joaquim Levy -, ao passo que Valdir Simão foi deslocado da Controladoria-Geral da União para o espaço vago de Barbosa no Planejamento. O primeiro é, de certo modo, mais conhecido pela sociedade devido às mais frequentes exposições na imprensa. De qualquer forma, convém fazer uma breve apresentação sobre a trajetória de cada um....

Quem são Nelson Barbosa e Valdir Simão, a nova dupla econômica de Dilma?
Quem são Nelson Barbosa e Valdir Simão, a nova dupla econômica de Dilma?


Agora só resta a oposição torcer para que a política econômica siga ainda mais equivocada e o país caminhe com maior ímpeto para o fundo do poço e com isto aumentar as chances de faturar a presidência em 2018. Ao governo cabe acertar mais agora do que antes com Joaquim Levy.
Quem viver verá!

Até o próximo post.

Um comentário:

  1. Lopes Filho - 16h05 : Crônica de uma saída anunciada


    Poucos duvidavam que Joaquim Levy fosse aguentar muito tempo no Ministério da Fazenda. Estava cada vez mais isolado, cada vez mais sozinho. Era voz corrente, inclusive, comentários de que ele havia assumido para fazer o tal "trabalho sujo" (cortes nas despesas e criação de novas fontes de receita), visando gerar um choque favorável de expectativas, abrindo espaço para Nelson Barbosa assumir e adotar políticas "desenvolvimentistas". Bem, ao fim, Levy acabou não aguentando as pressões contrárias, o tal "fogo amigo", saindo antes. Assume agora Nelson Barbosa, já anunciando um ajuste mais gradualista, complementado pelas reformas, destaque para da Previdência. Será mesmo que chega a tanto" A seguir, algumas reflexões sobre esta transição na Fazenda.


    Assumindo a Fazenda. Nelson Barbosa assume cercado de desconfiança. Muitos acham que com ele no comando resgata-se a mal fadada "nova matriz macro", que tantos prejuízos trouxe ao País. Outros acham que ele assume mais pragmático, seguindo o mantra do ministro Levy, mesmo que com nuances, visando a retomada mais rápida do crescimento. O problema é que no meio do caminho mais ajustes fiscais serão necessários. Não dá para pular etapas. Sem estes a economia não volta a crescer, pois não existe confiança para isto.


    Conspirando contra. Muitos acham que Levy caiu pois nunca encontrou espaço político para aplicar suas ideias. Foi sabotado tanto por parte do Congresso, como pelos petistas e o outro lado da equipe econômica, a turma dos desenvolvimentistas. Na visão de Miriam Leitão, do O Globo, "Nelson Barbosa conseguiu o que queria. Sustentou este ano um discurso paralelo ao do ministro Levy e foi fácil conquistar ouvidos para as suas ideias porque ele e Dilma compartilham a mesma visão de mundo". Muitos acham, inclusive, que quem manda é a Presidente, com o ministro apenas seguindo suas ordens.


    Discurso do ministro. Para Barbosa, "o equilíbrio fiscal depende do controle de gastos e também da recuperação do crescimento da economia. Por isso que em paralelo com as medidas fiscais é muito importante o ambiente de negócios, o funcionamento da economia brasileira, com medidas regulatórias, como a simplificação tributária, desburocratização, melhoras de marcos regulatórios, o estímulo ao investimento privado. Se fizermos nossa parte, a recuperação virá mais rapidamente do que se espera". Interessante que este discurso em nada difere do que pregava Joaquim Levy.


    Voto de confiança, mas intrigados. Num ambiente econômico de terra arrasada (inflação acima de 10%, juro e câmbio pressionado, economia recuando mais de 3% neste ano e no próximo), como pensar em retomada dos investimentos" Como recuperar a confiança e fazer com os que os empresários, já cansados desta confusão gerencial, retomem os investimentos" Resgatemos então uma frase lapidar do nosso saudoso Mario Henrique Simonsen, publicada recentemente, citando o tal "Princípio da Contraindução": "uma experiência que dá errado várias vezes deve ser repetida até que dê certo". Pois é.

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